sábado, janeiro 21, 2006

DIÁRIO

Ontem passei mal quase o dia todo. Não lembro de ter comido nada estranho ou estragado. Mesmo assim, após a refeição passei a sentir uma dor no estômago, que de incômoda cresceu até ficar horrível. Fiquei a tarde toda deitado. Eventualmente arranjei forças para tomar banho. Jantar nem pensar. Tomei três copos de leite de soja e deitei de novo. Aos poucos a sensação de nó enrijecendo minha barriga quase sumiu. Não quis arriscar e ao invés de ir a pé, preferi pegar um táxi para assistir a nova aula do Francis. Infelizmente o assunto daquela dia era de deixar qualquer cinéfilo saudável com azia: a Crítica Brasileira de Cinema.

Francis falou sobre os melhores críticos deste país mas também sobre os piores defeitos da crítica. Sem surpresa, voltei a ficar ruim. Minha barriga doeu tanto que quase não me levantei durante o intervalo. Uma colega assustada me emprestou um efervescente, que não teve efeito. Mas consegui ficar até o fim da aula. Na saída Francis e alguns colegas discutiam Amélie Poulain. Antes de ficar mal de verdade fui embora num táxi o mais depressa possível. Ao chegar em casa recebi a visita de meu cunhado – de passagem por São Paulo. Após ouvir a descrição de meus sintomas ele falou que minha irmã sentiu algo parecido tempos atrás. O médico dela recomendou regular as refeições.

Bem, depois disso eu fui dormir. Acordei hoje me sentindo muito melhor, quase 100%. Se algo assim acontecer outra vez com certeza irei ao médico. Mas por enquanto seguirei o conselho do meu cunhado. Não costumo comer porcaria, mas agora serei mais vigilante durante as refeições. Quanto ao cinema e o pensamento crítico eu continuarei a devorá-los com selvageria. ___________________________________________________________

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