domingo, julho 13, 2008

Hancock

(Peter Berg, 2008)

Quem já trabalhou (como eu) na publicidade sabe que pra vender um produto é preciso um gancho que dê cara de novidade a mais do mesmo. Por exemplo, o gancho de Hancock é seu super-herói alcoólatra e encrenqueiro. Este filme então subverte a imagem do herói responsável e gente boa, tipo Homem-Aranha?

Não, pois esses valores são reafirmados ao longo do filme com a regeneração do herói. E quem o ajuda a tornar-se um super-cidadão responsável – ou mais do mesmo – é, vejam só, um publicitário! Este publicitário de bom coração é quem orienta Hancock a mudar seu jeito pra ser um herói melhor, ou seja, bem-visto pela população.

O mais incrível é que o filme realmente acredita nessas duas coisas: 1) que boas ações não bastam, elas precisam ser feitas dum jeito “aceitável”; 2) basta mudar a aparência duma pessoa pra modificar sua essência. No fim, o herói mostra sua gratidão imprimindo na Lua o logo humanitário do publicitário. A publicidade como bem supremo do mundo, eis a mensagem de Hancock, o filme.

O herói e seus fãs mais jovens:

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