Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal

(Steven Spielberg, 2008)

A culpa é minha. Não estava preparado pra este novo Indiana Jones. Podem me acusar de nostálgico, de querer um filme “igual aos antigos”. Mas de todas as maneiras que o arqueólogo poderia ter retornado na terceira idade, tio Lucas e tio Spielberg escolheram (pra mim) a menos interessante delas.

O que tornou minha decepção maior foi que o filme assume no começo a interessante opção de admitir a velhice do herói. Ainda na meia hora inicial, numa seqüência imponente, Jones sobrevive a um teste nuclear. Observando a explosão à distância, ele parece pequeno diante dos novos tempos.

Entretanto, a aventura deixa os EUA e prossegue nas selvas da América Latina. Aí herói e filme se mostram desconfortáveis justamente quando deveriam estar em casa. Será que tio Spielberg precisava atualizar Indiana Jones pra era dos blockbusters de ação videogame e humor espertinho como Piratas do Caribe? Confesso, preferia algo mais anacrônico (e transgressor). Então, ok, entendi a piada. Só não achei ela engraçada.

O trailer: