O melhor na TV
Ontem a noite, gritei e torci feito um louco durante o penúltimo episódio de Prison Break. Ok, não gritei, mas fiquei na ponta do sofá enquanto Michael e sua turma finalmente escaparam da prisão. Já comentei aqui que a série não é nada realista. Foi num post sobre OZ - A Vida É uma Prisão, essa sim uma visão perturbadora sobre vida na prisão. Mas ser realista nunca foi o objetivo de Prison Break. É aventura e suspense do começo ao fim. A história é envolvente e surpreendente, direção clássica bem executada e os atores são ótimos. É lamentável que nem toda série de ação chegue aos pés dessa daqui.
Enquanto isso, estou surpreso com a estréia de Big Love (Amor Imenso) na HBO. A série lida com poligamia, assunto que ainda é considerado tabu. Homens e mulheres dormindo com múltiplos parceiros é comum na TV (vide Nip/Tuck) e na vida real. Curiosamente, o fato de que alguns tornem isso oficial via matrimônio ainda é visto como aberração por outros. O seriado acompanha a rotina de uma família, cujo marido (Bill Paxton) tem três mulheres (Chlöe Sevigny entre elas) e sete filhos.
Nos dois primeiros episódios há uma atenção especial nos problemas familiares (multiplicados por 11 membros) comuns e incomuns desse estilo de vida (cíumes, rivalidade entre esposas). A série é delicada e muito engraçada. Porém, evita tirar sarro da religião dos personagens (são mórmons), ou de serem do interior americano (Utah). Seriam alvos fáceis demais. O programa mostra de maneira justa uma faceta regional e humana da América que a própria TV americana normalmente ridiculariza. Por fim, mais um belo motivo pra ver a série: nos créditos de abertura toca God Only Knows dos Beach Boys.
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