segunda-feira, março 24, 2008

O Orfanato

(Juan Antonio Bayona, 2007

Fazer cinema de gênero tem suas armadilhas, já que alguns gêneros estão saturados de imagens, personagens, situações e idéias recorrentes. Geralmente, se um filme não trouxer nada de novo pro seu gênero (ou conter personagens realmente memoráveis), ele perde o impacto com o tempo. Por exemplo, O Orfanato tem muitos sustos eficientes – mais devido ao trabalho de som do que das imagens – e um mistério que prende nossa atenção até o final: o sumiço do filho do casal, justamente o único personagem interessante do filme (o pai então, é um verdadeiro fantasma). Porém, O Orfanato anda no piloto automático – o vento deslocando objetos como forma de sugerir fantasmas? – e a conclusão, parecida em alguns aspectos com a de Os Outros do Alejandro Amenábar, decepciona um pouco. Enquanto Amenábar preferia o estranhamento, Bayona opta pela pieguice excessiva. Resumindo O Orfanato: “divertido enquanto dura”.

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