domingo, julho 30, 2006

Viagem Maldita

Emilie de Ravin mostra do que é feita durante a Viagem Maldita

Por que Viagem Maldita é um filmaço:

- A câmera de Alexandre Aja não deixa você piscar o olho.
- A atmosfera agressiva e violenta. Até a fotografia é brutal.
- O (cínico) subtexto político. O cunhado é Democrata numa família Republicana e não acredita em armas de fogo. Durante o filme este cidadão se tornará mais impiedoso que seus inimigos. Parece até Dustin Hoffman em Sob o Domínio do Medo (agradeço a Leandro Caraça do Viver e Morrer no Cinema pela observação).
- Outro subtexto é a luta de classes. Os vilões são operários, mineiros ignorantes e deformados, que vingam-se da classe média. Os itens de consumo das vítimas são deixados num cemitério de carros. O esconderijo deles é uma sombra do sonho americano, uma cidade fantasma dos anos 50 abandonada devido a testes atômicos.
- Os atores são ótimos. Gostei especialmente do cunhado, Aaron Stanford, e Emilie de Ravin. Aliás, por que Ravin não é sexy e atua bem assim em LOST?
- Outra família se ergue dos escombros da primeira (teria sido mais bacana se tivessem adotado a menina deformada, hehe).
- O plano final, uma câmera subjetiva de cima pra baixo. É uma confissão de como Aja vê a si próprio como diretor: um assassino implacável à espreita de novas vítimas. Lembra Caché.

Viagem Maldita (Alexandre Aja, 2006) = 7 ___________________________________________________________

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