segunda-feira, outubro 23, 2006

Assim não dá!

Trecho retirado do blog Diário de Bordo (http://www.cinemaemcena.com.br/pv/journal/blog.asp) de Pablo Villaça:

"12) Mary (Mary, EUA/Itália, 2005. Dir: Abel Ferrara. Com: Juliette Binoche, Forest Whitaker, Matthew Modine, Stefania Rocca.) - Ao contar a história de uma atriz que, depois de interpretar Maria Madalena, se torna obcecada em seguir os ensinamentos desta, o filme de Ferrara se revela freqüentemente frágil e contraditório: em um momento, parece advogar a importância de Madalena como discípula de Jesus; em outro, condena interpretações da Bíblia que possam ofender os fiéis; inicialmente, defende a liberdade de expressão do diretor interpretado por Matthew Modine (e que é uma caricatura óbvia de Mel Gibson); mais tarde, parece condenar esta mesma liberdade.

De todo modo, Mary propõe algumas discussões interessantes sobre o cristianismo, a Fé, e a violência que se utiliza da religião para se manifestar. (2 estrelas em 5)"

Caso clássico de alguém que entendeu como o filme funciona, mas não o sentiu - nem viu que a contradição de Ferrara é intencional neste filme, quiçá em toda sua filmografia. Além disso, sou totalmente contrário a crença de que bons filmes defendem uma mensagem certa e específica. Me senti tão culpado lendo esse troço que decidi aumentar minha cotação de Mary pra 8,5. Afinal, relembrei da beleza de cenas como o ataque ao carro do cineasta, o atentado a Israel, toda e qualquer cena com Forrest Whitaker. O Chico deve ter razão: Mary é obra-prima... ou pelo menos chega perto. ___________________________________________________________

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